Por que tia? Porque sou tia de muitos e vó só de dois, por isso não é o blog da Vovó Dedê. Aqui esvaziarei o coração quando estiver muito cheio; preencherei minhas noites insones; inicio algo concreto para o tempo de aposentada que se avizinha.
Desejo escrever meu dia-a-dia difícil e revisar com palavras e sonhos meu cotidiano e comunicar meu interior, vivido e experiente. Encontrar amigos, leitores, parentes aos quais oportunamente poderei homenagear.

domingo, 29 de agosto de 2010

Matheus na casa da Vovó Dedê...

Meu netinho Matheus tem três anos (faz quatro em 19 de setembro próximo), sábado a mamãe dele precisava comparecer num aniversário de adulto e deixou as crianças com a Lalá na minha casa. Foi uma tarde gostosa, enquanto a mamãe estava no churrasco.
Logo a noitinha tinha o aniversário do Davi, filho da Juna, amiguinho do Thomás e do Matheus.
Mantendo a regra da família (nunca levar criança com fome para festinhas de aniversário!Isso evita avanços inconvinientes!), mamãe Cele faz questão de levar as suas crias alimentadas para a festinha. Matheus não queria jantar:
- Não, Lalá eu vou comer lá
- Matheus olha chegando lá você tem que comer mesmo... se não comer eu não deixo você brincar na festa, certo?
- Certo, Lalá, pode deixar!
[A mãe liga e diz que não, tem que jantar em casa e agora!]
Eu: " Matheus, a mamãe ta dizendo que tem que jantar aqui...a vovó faz um ovinho... Tu gosta de ovo?
Ele: a-do-oooooooooo-ro! Quero sim vovó... arroz, feijão, farofa, carne, frango e ovo.
- Pois vamos para a cozinha.
Abro a geladeira e pego um ovo (desse da casca rosada) ao que Matheus retruca:
- Não vovó destes eu não gosto!
- Por que?
- Eu gosto de ovo da casca branquinha...
Lalá diz: Mas é a mesma coisa, Matheus... É igualzinho. Você vai ver depois de cozido.
E eu: Matheus, é só a casca... dentro é tudo igual.
Matheus: Ah vovó, já sei. Entendi! É como kapo, todinho e nescau... é tudo igual, dentro é tudo capcap (chocolate)!!!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Lembranças e saudades constantes

Incrível como as vezes me reconheço nos textos que minha filha escreve. Nunca falei por aqui (eu acho!) Mas meu genro morto no trágico 20 de janeiro último era muito querido por mim. Até agora, hoje, lamento a falta que ele nos faz. Ele era um pai extremoso, um marido especial e o genro que eu sempre desejei para minhas filhas. Casou com a mais velha, mas adorava a afetividade da caçula e dizia que atirara numa e acertara na outra... ríamos com essa dele e seus olhinhos s e fechavam numa risada peculiar de quando estava muito feliz, como a gente vê na foto abaixo.




Tenho muitos flashs dele em minha vida. E fecho os olhos e o revejo em situações das mais diversas. Extrai hoje um trecho do que minha filha escreveu porque também eu, de vez em quando, lembro dele nas mesmas situações e circunstãncias. [não é à toa que Manu vive me chamando de "a viúva" rsrs]
Eis o fragmento do texto dela:

"...... tenho me lembrado tanto de você estes dias. Não são lembranças de momentos nossos, não são frases ou palavras suas; são flashs de sua presença na nossa casa. Lembro de você sentado na mesa da sala estudando. Lembro da sua expressão quando concentrado no texto. Lembro de você assistindo aos DVDs do Medcurso. Lembro da sua feição deitado na rede no nosso quarto com o Thomás. Lembro da sua maneira de parar em pé com o braço dobrado sobre a barriga e de como isso fazia com que você parecesse ainda mais com seu pai. Lembro tanto de você, das coisas que eram só suas, do seu jeito de ser..."

Mas a vida continua e que Deus lhe conceda a paz e felicidades eternas.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sobre casamento, divórcio e amor...

Essa é uma das mais longas mensagens que já recebi em e-mail. Parece piegas, e talves seja, mas deve ser lido e serve para um pouco de reflexão...

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.
De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"
Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Cláudia. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.
Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Cláudia profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.
No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Cláudia.
Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.
Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus examos no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.
Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.
Eu contei para a Cláudia sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Cláudia em tom de gozação.
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.
No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.
No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.
No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Cláudia, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.
Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.
A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.
Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mãe todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.
Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".
Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Cláudia abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Cláudia. Eu não quero mais me divorciar".
Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Cláudia. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.
A Cláudia então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.
Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".
Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Cláudia para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.
Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir..
"UM CASAMENTO CENTRADO EM CRISTO É UM CASAMENTO QUE DURA UMA VIDA TODA."

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Paz - Shalom!!! Have a nice day people!!!

a terra é uma escola - canção da paz (nando cordel) 1.mp3

A paz no mundo começa em mim
Se eu tenho amor com certeza sou feliz.
Se eu faço o bem a meu irmão
Tenho a grandeza dentro do meu coração.
Chegou a hora da gente construir a paz
Ninguém suporta mais o desamor.

Paz pela paz pelas crianças,
paz pela paz pelas florestas,
paz pela paz pela coragem de mudar.
Paz pela paz pela justiça,
Paz pela paz a liberdade,
Paz pela paz pela beleza de te amar.
Paz pela paz de um mundo novo,
Paz pela paz à esperança,
paz pela paz pela coragem de mudar,
Paz pela paz pela beleza de te amar .
A paz do mundo........

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

... por que não?

Todos os dias no caminho do trabalho eu penso num 'post' inteirinho. Sobre meus filhos, sobre a vida, felicidades, dores, amores, dissabores, inveja, falsidade, honestidade, vida e... morte (precoce ou não!). Mas nunca digito nada e já faz dois meses que postei umas "merrecas" de letrinhas por cá... Nem me pergunto por quê? Na verdade, ando com uma preguiça terrível de ler (em livros) e de escrever. Eu não era assim, não! Eu adorava ler e escrevia diariamente. Eu tive um diário, no modo tradicional, durante uns 20 anos da minha vida. Era uma verdadeira terapia. Eu casei, feliz, separei, e nunca carreguei pesos na vida. Juntamos de novo, vida feliz, sempre... O coração se esvaziava nas letrinhas que se arrumavam em palavras e poesias nunca publicizadas (nem publicada!). Um dia sem que nem pra quê deixei o diariozinho mofar e o caderno de poesias congelar. A aposentadoria começa a se delinear no próximo mês (setembro 2010) aí vou fazer uma agenda diária para rezar, rezar, rezar... ler, escrever, navegar na net (blogar, orkutar. facebookar, twittar...) enfim, tudo que me for possível, lícito e de direito. A partir daí vou querer 'zilhões' de leitores, seguidores e tudo o mais.
De repente tô de volta...