Por que tia? Porque sou tia de muitos e vó só de dois, por isso não é o blog da Vovó Dedê. Aqui esvaziarei o coração quando estiver muito cheio; preencherei minhas noites insones; inicio algo concreto para o tempo de aposentada que se avizinha.
Desejo escrever meu dia-a-dia difícil e revisar com palavras e sonhos meu cotidiano e comunicar meu interior, vivido e experiente. Encontrar amigos, leitores, parentes aos quais oportunamente poderei homenagear.

sábado, 27 de março de 2010

Para Refletir - Escutatório (de Rubem Alves)

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma“. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas - coitadinhas delas - entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver e preciso que a cabeça esteja vazia.

Faz muito tempo, nunca me esqueci. Eu ia de ônibus. Atrás, duas mulheres conversavam. Uma delas contava para a amiga os seus sofrimentos. (Contou-me uma amiga, nordestina, que o jogo que as mulheres do Nordeste gostam de fazer quando conversam umas com as outras é comparar sofrimentos. Quanto maior o sofrimento, mais bonitas são a mulher e a sua vida. Conversar é a arte de produzir-se literariamente como mulher de sofrimentos. Acho que foi lá que a ópera foi inventada. A alma é uma literatura. É nisso que se baseia a psicanálise...) Voltando ao ônibus. Falavam de sofrimentos. Uma delas contava do marido hospitalizado, dos médicos, dos exames complicados, das injeções na veia - a enfermeira nunca acertava -, dos vômitos e das urinas. Era um relato comovente de dor. Até que o relato chegou ao fim, esperando, evidentemente, o aplauso, a admiração, uma palavra de acolhimento na alma da outra que, supostamente, ouvia. Mas o que a sofredora ouviu foi o seguinte: “Mas isso não é nada...“ A segunda iniciou, então, uma história de sofrimentos incomparavelmente mais terríveis e dignos de uma ópera que os sofrimentos da primeira.

Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.“ Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. No fundo somos todos iguais às duas mulheres do ônibus. Certo estava Lichtenberg - citado por Murilo Mendes: “Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas.“ Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos, estimulado pela revolução de 64. Pastor protestante (não “evangélico“), foi trabalhar num programa educacional da Igreja Presbiteriana USA, voltado para minorias. Contou-me de sua experiência com os índios. As reuniões são estranhas. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, como se estivessem orando. Não rezando. Reza é falatório para não ouvir. Orando. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas. Também para se tocar piano é preciso não ter filosofia nenhuma). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito. Pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que julgava essenciais. Sendo dele, os pensamentos não são meus. São-me estranhos. Comida que é preciso digerir. Digerir leva tempo. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se falo logo a seguir são duas as possibilidades. Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava eu pensava nas coisas que eu iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.“ Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.“ Em ambos os casos estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.“ E assim vai a reunião.

Há grupos religiosos cuja liturgia consiste de silêncio. Faz alguns anos passei uma semana num mosteiro na Suíça, Grand Champs. Eu e algumas outras pessoas ali estávamos para, juntos, escrever um livro. Era uma antiga fazenda. Velhas construções, não me esqueço da água no chafariz onde as pombas vinham beber. Havia uma disciplina de silêncio, não total, mas de uma fala mínima. O que me deu enorme prazer às refeições. Não tinha a obrigação de manter uma conversa com meus vizinhos de mesa. Podia comer pensando na comida. Também para comer é preciso não ter filosofia. Não ter obrigação de falar é uma felicidade. Mas logo fui informado de que parte da disciplina do mosteiro era participar da liturgia três vezes por dia: às 7 da manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde. Estremeci de medo. Mas obedeci. O lugar sagrado era um velho celeiro, todo de madeira, teto muito alto. Escuro. Haviam aberto buracos na madeira, ali colocando vidros de várias cores. Era uma atmosfera de luz mortiça, iluminado por algumas velas sobre o altar, uma mesa simples com um ícone oriental de Cristo. Uns poucos bancos arranjados em “U“ definiam um amplo espaço vazio, no centro, onde quem quisesse podia se assentar numa almofada, sobre um tapete. Cheguei alguns minutos antes da hora marcada. Era um grande silêncio. Muito frio, nuvens escuras cobriam o céu e corriam, levadas por um vento impetuoso que descia dos Alpes. A força do vento era tanta que o velho celeiro torcia e rangia, como se fosse um navio de madeira num mar agitado. O vento batia nas macieiras nuas do pomar e o barulho era como o de ondas que se quebram. Estranhei. Os suíços são sempre pontuais. A liturgia não começava. E ninguém tomava providências. Todos continuavam do mesmo jeito, sem nada fazer. Ninguém que se levantasse para dizer: “Meus irmãos, vamos cantar o hino...“ Cinco minutos, dez, quinze. Só depois de vinte minutos é que eu, estúpido, percebi que tudo já se iniciara vinte minutos antes. As pessoas estavam lá para se alimentar de silêncio. E eu comecei a me alimentar de silêncio também. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. E música, melodia que não havia e que quando ouvida nos faz chorar. A música acontece no silêncio. É preciso que todos os ruídos cessem. No silêncio, abrem-se as portas de um mundo encantado que mora em nós - como no poema de Mallarmé, A catedral submersa, que Debussy musicou. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Me veio agora a idéia de que, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa - quando ficamos mudos, sem fala. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar. Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto... (Fonte:O amor que acende a lua, pág. 65.)
na Web:
http://www.rubemalves.com.br/escutatorio.htm

Boa História real:

www.naoquerooutrolugar.blogspot.com

De novo sobre a FÉ - Heresia

O que vem a ser, pois, o herege?
É aquele que, após o batismo, nega com pertinácia qualquer verdade que se deva crer com fé divina e católica, ou duvida pertinazmente a respeito dela, uma vez que o Direito Canônico assim define a heresia:
“Chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do batismo, de qualquer verdade que se deva crer com fé divina e católica, ou a dúvida pertinaz a respeito dela” (cân. 751).
É essencial ao herege, pois, negar com pertinácia. Não seria herege quem negasse uma verdade sem obstinação, sem saber que se trata de verdade de Fé

sexta-feira, 26 de março de 2010

Final de Ato (poesia)


Hoje navegando nestes mares cibernéticos achei uma poesia caipira que eu amava "declamar" quando mocinha, aos 13, 14 anos... vai ficar guardada aqui agora. Quando eu quiser venho aqui relembrar... Ô saudade!!!

As flores são um mimo para você!...

Final de Ato

Autor: Marilita Pozzolli

Asdepois de tanto amô
De tanto beijo gostoso
De tanto chêro cheroso,
Nóis briguêmo.
Foi uma briga fatá.

Ele me disse: Acabou-se.
Eu disse: isso mêmo:
Acabou-se...tudo.
E nóis dois fiquêmo mudo
Sem vontade de falá.

Cada um fez sua trôxa
E na hora da partida,
Nem se oiêmo.
Xinguêmo. Sim...nôs xinguêmo
Cumo se póde xingá:

- Eu te odeio
- Eu te desprezo
- Bába de cururu.
- Mandinga de sapo seco.
Ocê vai prô Norte?
Eu vô pro sul.

Nunca mais quero te vê...
Nem noticia quero tê.
Eu juro pro Deus do céu...
Nunca mais quero te vê
Nem pintado de cairvão
Lá no muro do quintá...
E se eu contigo assonhá
Acordo e faço três cruis...
Cruis...cruis...cruis.
O Brasí é muito grande
Dá bem pra nôs separá

Ele engoliu um saluço
Eu engoli bem uns quatro...
E larguei o pé no mato
Passou-se tanto tempo
Que nem é bão recordá.

Onti nóis dois se encontrêmo.
Ninguém tentô desfarçá.
Eu parti pra riba dele
Com um fogo ascêso no oiá
Ele me deu um arrôxo
Que se eu sô uma cabra frôxa
Tava aqui em dois pedaço...

E foi tanto bêjo gostoso
Foi tanto chêro cheroso.
Qui nois nem pôde aguentá...
Entonce nóis se alembrêmo
- O BRASÍ é tão pequeno,
Não dá pra nôs separá.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Questão de Fé 2

Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: 19“Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias.
20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. 21Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.
22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’.
25Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26E, além disso, há grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’.
27O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa de meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. 29Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os profetas, que os escutem!’
30O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’. 31Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”’.
(Lc 16,19-31)



Esta parábola não visa tratar sobre caridade e falta de caridade. Não diz que o rico negava esmolas a Lázaro. Talvez até ignorasse a presença dele junto de sua casa, fechado como estava em seu bem-estar, que não lhe permitia perceber problemas alheios.
Jesus quer chamar a atenção não para a necessidade de amar-mos o próximo (bê-a-bá cristão), mas para a importância das situações (dos quadros da vida). Uma situação de afago e prazeres pode embotar a mente, tornando-a insensível a valores superiores. Pode tirar a fome da vida eterna, se já se julga satisfeito com seus bens. Ao contrário, uma situação de penúria entretém a fome e a sede de algo maior.
A riqueza honesta não é má nem condenável, assim como a pobreza não é garantia de salvação. Mas ambas suscitam atitudes éticas que podem facilitar ou dificultar a procura de Deus. É para isto que Jesus quer despertar os cristãos nesta parábola.
Esta lição se baseia num precedente bíblico: Quando Ciro deu liberdade aos judeus para saírem da Babilônia, onde viviam exilados, e regressarem à Judéia, os que haviam conseguido certo bem-estar na Babilônia não tiveram coragem de deixar tudo para recomeçar a vida na Terra Santa. A situação cômoda em que se achavam diminuía seu zelo pelas instituições sagradas de Israel. Assim, quem voltou do exílio para a Judéia foram os pobres, ou "o resto de Israel", como diziam os profetas. Por não terem ilusões suscitadas pelos afagos terrestres, guardavam mais nítida a escala dos valores e tiveram o coração livre para atender ao chamado de Deus, que lhes pedia a reconstrução de Jerusalém.
Jesus chama os pobres, os que tem fome, sede e choram de bem-aventurados, não por causa da pobreza como tal, mas por causa da atitude ética (ou da fé ou do amor) que essa pobreza preserva ou suscita. E chama os ricos de infelizes (Lc 6,24-26), não por causa da riqueza como tal, mas porque a riqueza pode fazer murchar a fé e o senso do Transcendental.
Em outras palavras: o rico morreu sem fome física nem espiritual: nada mais espera na outra vida, satisfeito que estava em seu bem-estar. Lázaro que teve fome física e doenças, tinha fome de uma realidade melhor do que a vida terrestre. No além a fome material e espiritual de Lázaro era saciada, ao passo que no rico, ela não existia.
Alguém pode ser rico e ter um coração de pobre, cultivando o desapego, a humildade, a caridade, como alguém pode ser pobre, mas ter um coração de rico, sem caridade nem humildade. Lázaro, pobre na terra, e Abraão, rico na terra, tiveram a mesma sorte final, porque ambos, em circunstâncias diferentes, tiveram o mesmo amor a Deus e o mesmo desprendimento dos bens terrenos.

Jesus não costumava dar nomes aos personagens de suas parábolas. Neste caso, talvez o tenha feito visando a futura ressurreição de Lázaro (Jo 11,1-4). Com efeito, um Lázaro havia de ressuscitar para dar aos homens um testemunho e uma advertência.
A parábola nos lembra que é na terra que se decide a eternidade no Céu ou no Inferno. Não nos falta os meios cotidianos de santificação: As Escrituras e os Sacramentos. A fé descobre neles os sinais de Deus a respeito do sentido desta vida. O cristão não vive de milagres, mas dos meios ordinários de santificação. Muitos costumam dizer que, se Deus se fizesse mais sensível, seriam mais fervorosos. Pura ilusão. Quem não tem fé nos dons cotidianos de Deus, encontrará desculpas sutis para não reconhecer os milagres de Deus. Abraão responde ao rico que quem não tem o hábito da fé viva, rejeitará mesmo os sinais mais significativos. Na verdade, Lázaro, irmão de Marta e Maria, e o próprio Jesus haviam de ressuscitar dentre os mortos e aparecer aos judeus, mas nem assim estes se deixaram convencer.
"Um grande abismo" que Abraão diz existir entre o Céu e o Inferno indica que é só na vida terrestre que podemos nos converter. A morte nos estabelece em nossa condição definitiva: Ou o Céu para sempre ou o Inferno para sempre.
Esta parábola nos leva a concluir que cada indivíduo, ao deixar este mundo, recebe uma sentença. Lázaro é levado ao "seio de Abraão" e o rico aos tormentos do inferno. Isto pressupõe uma sentença de Deus logo após a morte. E sentença definitiva, pois o mau não pode passar para o lugar do justo nem vice-versa. E ainda, sentença anterior ao Juízo Final, pois os irmãos do rico ainda vivem na terra. Temos aí a fundamentação Bíblica da doutrina do Juízo Particular.

(Recebida por e-mail. Gostei, faz sentido. Repasso.)

segunda-feira, 15 de março de 2010

SHALOMITA MISSION�RIA: O CRUCIFIXO BIZANTINO

O Crucifixo Bizantino de S. Damião

Foi por meio do Crucifixo de São Damião que Jesus falou a Francisco:
“Francisco, reconstrói minha Igreja".
Um artista desconhecido, natural de Úmbria, pintou o crucifixo no século XII. Foi pintado num pano colado sobre madeira (nogueira). Tem 1,90m de altura, 1,20m de largura e 12cm de espessura. O mais provável é que tenha sido pintado para ser posto no altar da Igreja de São Damião.
Em 1257, as Clarissas deixaram a Igreja de São Damião e foram para a de São Jorge, levando o crucifixo com elas. A cruz, cuidadosamente conservada por 700 anos, foi mostrada ao público pela primeira vez, na Semana Santa de 1957, sobre o novo altar da Capela de São Jorge na Basílica de Santa Clara de Assis.
A figura do Cristo
A figura central do ícone é o Cristo, não só por seu tamanho, mas também por ser o Cristo a figura luminosa que domina a cena e transmite luz para as demais figuras. "Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8, 12). Os olhos de Jesus estão abertos: Ele olha para o mundo que salvou. Ele vive e é eterno. A veste de Jesus é um simples pano sobre o quadril - um símbolo tanto do Sumo Sacerdote como de Vítima. O tórax e o pescoço são muito fortes. Atrás dos braços esticados do Cristo está seu túmulo vazio, representado pelo rectângulo preto.
O medalhão e a inscrição.
A ascensão é retratada no círculo vermelho: Cristo está saindo dele segurando uma cruz dourada que, agora é Seu símbolo de realeza. As vestimentas são douradas, símbolo de majestade e vitória. A estola vermelha é um sinal de sua autoridade e dignidade suprema exercida no amor.
Anjos lhe dão boas-vindas no Reino dos Céus. IHS são as três primeiras letras do nome de Jesus em grego. NAZARÉ é o Nazareno.
A mão do Pai
De dentro do semicírculo, na extremidade mais alta da cruz, Ele, que nenhum olho viu, se revela numa benção. Esta benção é dada pela mão direita de Deus, com o dedo estendido.

A videira mística
Em torno da cruz, há ornamentos caligráficos que podem significar a videira mística, "Eu sou a videira, vós os ramos..." (Jo 15, 5), e faz relação com "ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos" (Jo 15, 13). Na base da cruz, há algo que parece ser uma pedra - o símbolo da Igreja.
As conchas do mar são símbolos de eternidade - um mistério, guardado no rosto e infinito mar da eternidade, nos é revelado.

Maria e João

Como no evangelho de São João, Maria e João são colocados lado a lado. O manto de Maria é branco, significando vitória (Ap 3, 5), purificação (Ap 7, 14) e boas obras (Ap 19, 8). As pedras preciosas no manto dizem respeito às graças do Espírito Santo.
O vermelho escuro usado indica intenso amor, enquanto a veste interna na cor purpúrea lembra a Arca da Aliança (Ex 26, 1-4). A mão esquerda de Maria está no rosto, retratando a aceitação do amor de João, e sua mão direita aponta para João, enquanto seus olhos proclamam a aceitação das palavras de Cristo: "Mulher, eis aí teu filho" (Jo 19, 26). O sangue goteja em João neste momento. O manto de João é cor de rosa que indica sabedoria eterna, enquanto sua túnica é branca - pureza. Sua posição é entre Jesus e Maria, o discípulo amado por ambos. Ele está olhando para Maria, aceitando as palavras de Jesus: "Eis aí tua mãe" (Jo 19, 27).
Números
Há 33 figuras no Ícone: duas imagens de Cristo, 1 mão do Pai, 5 figuras maiores, 2 figuras menores, 14 anjos, 2 pessoas desconhecido nas mãos de Jesus, 1 menino pequeno, 6 desconhecidas ao fundo da Cruz e um galo. Há 33 cabeças em torno da cruz, dentro das conchas, e sete ao redor da auréola.
As outras figuras maiores:
Maria Madalena.
Maria Madalena, que era considerada por Jesus de uma forma muito especial, está junto à cruz. Sua mão está no queixo, indicando um segredo "Ele ressuscitou". Sua veste tem cor escarlate, que simboliza amor, e seu manto azul intensifica este símbolo.
Maria de Cleófas.
Usa veste cor castanha, símbolo de humildade, e seu manto verde claro - esperança. Sua admiração por Jesus é demonstrada no gesto de suas mãos.
O Centurião de Cafarnaum.
Ele segura, na mão esquerda, um pedaço de madeira representado sua participação na construção da sinagoga (Lc 7, 1-10). A criança ao lado é o seu filho curado por Jesus. As três cabeças atrás do menino mostram: "e creu tanto ele, como toda a sua casa" (Jo 19, 28-30). Tem três dedos estendidos, símbolo da Trindade, e os outros dois fechados, simbolizando o mistério das duas naturezas de Jesus Cristo (divina e humana). "Este homem era verdadeiramente o filho de Deus" (Mc 15, 39)
Figuras menores:
Longinus.
O soldado romano que feriu o lado de Jesus com uma lança.
Estefânio.
A tradição dá este nome ao soldado que ofereceu a Jesus uma esponja encharcada com vinagre após Ele ter dito "tenho sede" (Jo 19, 28-30)
Os santos desconhecidos.
Embaixo dos pés de Jesus, há seis santos desconhecidos que estudiosos afirmam ser Damião, Rufino, Miguel, João Baptista, Pedro e Paulo, todos patronos de igrejas na área de Assis. São Damião era o patrono da igreja que alojou a cruz e São Rufino, o patrono de Assis. Essa parte da pintura está muito danificada e não permite uma adequada identificação.
Os anjos que discutem.
Há dois grupos de anjos - que animadamente discutem as cenas que se desenrolam diante deles.
"Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16) .
O sepulcro

Como foi mencionado anteriormente, atrás de Cristo está o seu túmulo aberto. Cristo está vivo e venceu a morte. O vermelho do amor supera o negro da morte. Os gestos de mão indicam fé, a fé dos santos desconhecidos. Seriam Pedro e João junto ao sepulcro vazio? (Jo 20, 3-9).
O galo .
Em primeiro lugar, a inclusão do galo recorda a negação de Pedro, que depois chorou amargamente. Em segundo, o galo proclama novo despertar do Cristo ressuscitado, Ele que é a verdadeira luz (1 Jo 2, 8). "Mas sobre vós que temeis o meu nome, levantar-se-á o Sol de Justiça que traz a salvação em seus raios" (Mt 3, 20).
O formato da cruz.
O formato tradicional da cruz alterado para permitir ao artista a inclusão de todos aqueles que participaram da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. À direita da cruz está o ladrão bom, chamado tradicionalmente Dismas; à esquerda está o ladrão mau.





O Crucifixo Bizantino de S. Damião

Foi por meio do Crucifixo de São Damião que Jesus falou a Francisco:
“Francisco, reconstrói minha Igreja".
Um artista desconhecido, natural de Úmbria, pintou o crucifixo no século XII. Foi pintado num pano colado sobre madeira (nogueira). Tem 1,90m de altura, 1,20m de largura e 12cm de espessura. O mais provável é que tenha sido pintado para ser posto no altar da Igreja de São Damião.
Em 1257, as Clarissas deixaram a Igreja de São Damião e foram para a de São Jorge, levando o crucifixo com elas. A cruz, cuidadosamente conservada por 700 anos, foi mostrada ao público pela primeira vez, na Semana Santa de 1957, sobre o novo altar da Capela de São Jorge na Basílica de Santa Clara de Assis.
A figura do Cristo
A figura central do ícone é o Cristo, não só por seu tamanho, mas também por ser o Cristo a figura luminosa que domina a cena e transmite luz para as demais figuras. "Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8, 12). Os olhos de Jesus estão abertos: Ele olha para o mundo que salvou. Ele vive e é eterno. A veste de Jesus é um simples pano sobre o quadril - um símbolo tanto do Sumo Sacerdote como de Vítima. O tórax e o pescoço são muito fortes. Atrás dos braços esticados do Cristo está seu túmulo vazio, representado pelo rectângulo preto.
O medalhão e a inscrição.
A ascensão é retratada no círculo vermelho: Cristo está saindo dele segurando uma cruz dourada que, agora é Seu símbolo de realeza. As vestimentas são douradas, símbolo de majestade e vitória. A estola vermelha é um sinal de sua autoridade e dignidade suprema exercida no amor.
Anjos lhe dão boas-vindas no Reino dos Céus. IHS são as três primeiras letras do nome de Jesus em grego. NAZARÉ é o Nazareno.
A mão do Pai
De dentro do semicírculo, na extremidade mais alta da cruz, Ele, que nenhum olho viu, se revela numa benção. Esta benção é dada pela mão direita de Deus, com o dedo estendido.

A videira mística
Em torno da cruz, há ornamentos caligráficos que podem significar a videira mística, "Eu sou a videira, vós os ramos..." (Jo 15, 5), e faz relação com "ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos" (Jo 15, 13). Na base da cruz, há algo que parece ser uma pedra - o símbolo da Igreja.
As conchas do mar são símbolos de eternidade - um mistério, guardado no rosto e infinito mar da eternidade, nos é revelado.

Maria e João

Como no evangelho de São João, Maria e João são colocados lado a lado. O manto de Maria é branco, significando vitória (Ap 3, 5), purificação (Ap 7, 14) e boas obras (Ap 19, 8). As pedras preciosas no manto dizem respeito às graças do Espírito Santo.
O vermelho escuro usado indica intenso amor, enquanto a veste interna na cor purpúrea lembra a Arca da Aliança (Ex 26, 1-4). A mão esquerda de Maria está no rosto, retratando a aceitação do amor de João, e sua mão direita aponta para João, enquanto seus olhos proclamam a aceitação das palavras de Cristo: "Mulher, eis aí teu filho" (Jo 19, 26). O sangue goteja em João neste momento. O manto de João é cor de rosa que indica sabedoria eterna, enquanto sua túnica é branca - pureza. Sua posição é entre Jesus e Maria, o discípulo amado por ambos. Ele está olhando para Maria, aceitando as palavras de Jesus: "Eis aí tua mãe" (Jo 19, 27).
Números
Há 33 figuras no Ícone: duas imagens de Cristo, 1 mão do Pai, 5 figuras maiores, 2 figuras menores, 14 anjos, 2 pessoas desconhecido nas mãos de Jesus, 1 menino pequeno, 6 desconhecidas ao fundo da Cruz e um galo. Há 33 cabeças em torno da cruz, dentro das conchas, e sete ao redor da auréola.
As outras figuras maiores:
Maria Madalena.
Maria Madalena, que era considerada por Jesus de uma forma muito especial, está junto à cruz. Sua mão está no queixo, indicando um segredo "Ele ressuscitou". Sua veste tem cor escarlate, que simboliza amor, e seu manto azul intensifica este símbolo.
Maria de Cleófas.
Usa veste cor castanha, símbolo de humildade, e seu manto verde claro - esperança. Sua admiração por Jesus é demonstrada no gesto de suas mãos.
O Centurião de Cafarnaum.
Ele segura, na mão esquerda, um pedaço de madeira representado sua participação na construção da sinagoga (Lc 7, 1-10). A criança ao lado é o seu filho curado por Jesus. As três cabeças atrás do menino mostram: "e creu tanto ele, como toda a sua casa" (Jo 19, 28-30). Tem três dedos estendidos, símbolo da Trindade, e os outros dois fechados, simbolizando o mistério das duas naturezas de Jesus Cristo (divina e humana). "Este homem era verdadeiramente o filho de Deus" (Mc 15, 39)
Figuras menores:
Longinus.
O soldado romano que feriu o lado de Jesus com uma lança.
Estefânio.
A tradição dá este nome ao soldado que ofereceu a Jesus uma esponja encharcada com vinagre após Ele ter dito "tenho sede" (Jo 19, 28-30)
Os santos desconhecidos.
Embaixo dos pés de Jesus, há seis santos desconhecidos que estudiosos afirmam ser Damião, Rufino, Miguel, João Baptista, Pedro e Paulo, todos patronos de igrejas na área de Assis. São Damião era o patrono da igreja que alojou a cruz e São Rufino, o patrono de Assis. Essa parte da pintura está muito danificada e não permite uma adequada identificação.
Os anjos que discutem.
Há dois grupos de anjos - que animadamente discutem as cenas que se desenrolam diante deles.
"Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16) .
O sepulcro

Como foi mencionado anteriormente, atrás de Cristo está o seu túmulo aberto. Cristo está vivo e venceu a morte. O vermelho do amor supera o negro da morte. Os gestos de mão indicam fé, a fé dos santos desconhecidos. Seriam Pedro e João junto ao sepulcro vazio? (Jo 20, 3-9).
O galo .
Em primeiro lugar, a inclusão do galo recorda a negação de Pedro, que depois chorou amargamente. Em segundo, o galo proclama novo despertar do Cristo ressuscitado, Ele que é a verdadeira luz (1 Jo 2, 8). "Mas sobre vós que temeis o meu nome, levantar-se-á o Sol de Justiça que traz a salvação em seus raios" (Mt 3, 20).
O formato da cruz.
O formato tradicional da cruz alterado para permitir ao artista a inclusão de todos aqueles que participaram da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. À direita da cruz está o ladrão bom, chamado tradicionalmente Dismas; à esquerda está o ladrão mau.

Para Marcele (do orkut)

No dia em que você nasceu, os anjos
tristes por sua partida entoaram
hinos harmoniosos e angelicais, era
uma despedida entre irmãos.
A separação doía, não queriam ficar
longe de você, anjo travesso e feliz !
Foi então que tiveram uma idéia;
A cada ano de vida terrestre,
um desceria e ficaria ao seu lado,
assim a cada ano um deles lhe faria
companhia, aproveitando para
matar a saudade.
A idéia foi aceita e festejada por
todos, depois daquele dia você nunca ficou só.
A cada novo aniversário, um anjo desce e fica a seu lado.
Sua proteção sempre foi muito grande, porque nada é mais forte que a pureza dos Anjos e o Amor dos Amigos
Hoje é o seu aniversário!
Dia da troca da guarda e eu gostaria muito de ser um deles,para ficar ao seu lado, espalhando Luz e Amor a seu redor
Como não posso envio-lhe o meu abraço, o meu carinho e minha prece de mãe.
PARABÉNS QUE DEUS LHE ACOMPANHE HOJE E SEMPRE.
FELIZ ANIVERSÁRIO!
Fortaleza, 22/05/2005

VOCÊ é...
forte, inteligente, justa, companheira, amiga sincera (as vezes até demais!), exigente, carinhosa (quando quer), capaz...
Você pode tudo, basta querer.
Não precisa ser servil, basta ser gentil...
Não precisa ser piegas, basta ser romântica...
Não precisa se submeter, nem se impor...
nem chorar, nem pedir...
ame e ame e só...
assim como ama dessa forma tão bonita ao seu filhinho lindo.
E lembre chova ou faça sol,
seja bonança ou tempestade,
desespero ou esperança,
sorte ou azar,
graça ou desgraça,
seja para o que der e vier,
NÓS TE AMAMOS!!!

Pena que não dá para colocar fotos em depoimentos... Mas eu estou muito grata pelo presente que você me proporcionou e que eu usufruiu até o último aroma... Não, não se trata de perfume, mas do cheiro da terra do jardim Botânico, da maresia advinda do Oceano Atlântico - do Leme ao Leblon como diz a canção popular. Um cheiro de cidade grande, mistura de cheiro de suor do último jogo com perfume de turistas na visita ao Maracanã... Como apagar da lembrança fotografada pelo mágico olho humano das maravilhas contempladas do Alto do Corcovado, do Pão de Açúcar e do Cristo?É, não dá para esquecer os frutos e guloseimas que saboriei neste presente embalado com papel metálico TAM nas ruas, avenidas e praças... na casa da sua vódrasta, e das amigas de tantos anos e tantas histórias... exorcisei meus fantasmas, venci o pavor (o medo ainda resiste um pouquinho!)... Ai cidade maravilhosa!!!e com certeza vou voltar muito em breve. MINHA FILHA MUITO OBRIGADA POR ESSA VIAGEM RELÂMPAGO QUE VOCE ME PRESENTEOU!

Marcele,
Esqueça os dias quando forem cinzentos, mas não esqueça o brilho do Sol.
Esqueça as horas quando foi derrotado, mas não esqueça das vitórias que teve.
Esqueça todos os erros que você não pode mudar mais, mas não esqueça das lições que aprendeu.
Esqueça as tristezas que encontrarás, mas não esqueça as vezes que sua sorte mudou. Esqueça os dias que você ficou só, mas não esqueça os amigos que teve.
Esqueça os planos que pareciam não dá certo,
MAS NÃO E SQUEÇA DE SONHAR. Com amor... Mamãe
29/11/2007

Véspera de 22 de maio... 11 horas da manhã... primeiras contrações... casa da mamãe. Tarde de espera, toc toc toc e mais toques. contrações, dores. 23 horas: maternidade. Uma noite de espera. Mas isso é pouco depois de 9 meses... 22 de maio! Nasce meu bebê, minha filhota! Sangue do meu sangue. Carne da minha carne... Tão pertinho de mim, tão minha, tão dependente. 27 anos depois, não temos mais nada em comum... nada parece nos ligar, 27 anos nos separam, 27 anos de distância. Ops! mas há uma luz no caminho. Uma não, duas! Dois pequeninos seres que arrebentam meu coração, enviam-me ao futuro, enchem-me de sonhos e de esperanças e alegram o outono da minha vida... Muito obrigada por me dares o sol para iluminar minha vida. Eu que te dei à luz, hoje, tenho através de ti - Matheus e Thomás luz para os meus dias de solidão. Pelo dia 22/05/2009 meus calorosos e gratos: Parabéns! Sucesso sempre!

O nome, embora muita gente não acredite, não é uma simples escolha influencia na personalidade do indivíduo. Veja só:
Marcela/Marcele: Ela está sempre fazendo várias coisas ao mesmo tempo sem se perder. Versatilidade é o que não lhe falta e gosta de uma vida social bastante intensa. Do latim "proveniente de Marte".
Carolina/Caroline: Variação de Carla, indica uma pessoa voluntariosa, que adora dominar as outras. Chega a ser considerada fria e calculista, mas revela seus nobres sentimentos sempre que alguém precisa dela...
Pois então???

Estarei sempre aqui... mesmo que em minha casa, mesmo que eu não saiba falar e respeitar seu silêncio. Mas eu compreendo a sua dor e amo e amo, incondiconalmente.
Aqui para você:
Se a tristeza te rouba as palavras, se as razões se perderam no tempo
Relembrar as histórias passadas desperta saudades
Se alguém prometeu te amar, mas depois partiu
Te deixando sem mesmo explicar, sem dizer adeus
Deus conhece a tua verdade e as saudades do teu coração
Em segredo teu Deus te espera, quer te consolar
Então volta Só Deus é amor que não passa e não passará
Então volta Só Deus é resposta que vale a pena esperar
De amor vive o coração de Deus, de amor
Amor que não se cansa de amar
Se alguém prometeu...

E, logo logo meu amor você estará entrando numa nova idade... Essa que me alegra e me assusta. As vezes acho que Deus me deu você de presente (de novo!) Espero que esse ano novo passe bem ligeiro e de repente você possa chegar aos trinta com seus dois filhos lindo e saudáveis... Amo vocêSSS, incondicionalmente.

domingo, 14 de março de 2010

Meu...


Há pouco mais de um quarto de século, exatamente nesse horário em que publico essa postagem ele veio ao mundo. Hoje sou muito feliz por não ser como a figueira estéril e oferto ao Senhor, meu Deus, os frutos por mim gerados, especialmente, este. Que o Senhor o abençoe e lhe conceda uma vida longa e saudável. Tiago Luiz, desejo a você, meu amado filho, um feliz aniversário!!!

A Bíblia Sagrada e a viuvez

O que podemos ler sobre viúvas na Biblia Sagrada???
Necessitando fazer um estudo sobre o tema debrucei-me na Santa Bíblia buscando-o para aprender e para ensinar aos anônimos que crêem, mas endurecem o coração ao que diz a Palavra de Deus sobre as viúvas. O encontrei em muitos dos seus livros, tanto do Antigo como do Novo Testamento. Gostei de ler... Fiquei contente porque não conheço "de cor" o texto bíblico, pude assim conhecer ou reconhecer inúmeras e importantes passagens... Alguns dos fragmentos achados:

Quando segares a messe no teu campo e deixares por esquecimento algum feixe, não voltarás para levá-lo. Deixá-lo-ás para o estrangeiro, o órfão e a viúva, a fim de que o Senhor, teu Deus, abençoe todas as empresas de tuas mãos. (Deuteronômio 24,19)

Quando tiveres acabado dê separar o dízimo de todos os teus produtos, no terceiro ano, que é o ano do dízimo, e o tiveres distribuído ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que tenham em tua cidade do que comer com fartura, dirás em presença do Senhor, teu Deus: tirei de minha casa o que era consagrado para dá-lo ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, como me ordenasses: não transgredi nem omiti nenhum dos vossos mandamentos. (Deuteronômio 26,12-13)

É o pai dos órfãos e o protetor das viúvas, esse Deus que habita num templo santo. (Salmos 67,6)

O Senhor protege os peregrinos, ampara o órfão e a viúva; mas entrava os desígnios dos pecadores. (Salmos 145,9)

Não despreza a oração do órfão, nem os gemidos da viúva. (Eclesiástico 35,17)

Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido; fazei justiça ao órfão, defendei a viúva. (Isaías 1,17)

Eis o que diz o Senhor: Praticai o direito e a justiça, e livrai o oprimido das mãos do opressor. Não deixeis o estrangeiro sofrer vexames e violências, nem o órfão e a viúva, nem derrameis neste lugar sangue inocente. (Jeremias 22,3)

Não oprimais a viúva nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, e não trameis em vossos corações maus desígnios uns contra os outros. (Zacarias 7,10)

Virei ter convosco para julgar vossas questões e serei uma testemunha pronta contra os mágicos, os adúlteros, os perjuros, contra os que retêm o salário do operário, que oprimem a viúva e o órfão, que maltratam o estrangeiro e não me temem - diz o Senhor. (Malaquias 3,5)

Se algum fiel tem viúvas em casa, procure dar-lhes assistência,.. (I Timóteo 5,16)

(I Timóteo 5,5)
Mas a que verdadeiramente é viúva e desamparada, põe a sua esperança em Deus e persevera noite e dia em orações e súplicas.

(I Timóteo 5,14)
Quero, pois, que as viúvas jovens se casem, cumpram os deveres de mãe e cuidem do próprio lar, para não dar a ninguém ensejo de crítica.

sábado, 13 de março de 2010

Questões de fé

 No blog da minha filha, viúva há menos de dois meses, tem aparecido certo comentário a respeito de sua falta de fé... Eu, mãe, sei que ela tem a fé lá no intimo do seu coração, foi um dom do Espírito Santo recebido ao ser batizada... Eu creio! Mas ela andou em outros contextos e neles "desaprendeu" [será que escrevi certo essa palavrinha aí? nem sei se ela existe dicionarizada...] a viver a sua fé...

A fé é invisivel... é um presente de Deus... é um dom assim como são a caridade e a esperança. É diferente da caridade e se assemelha à esperança. A caridade aparece em atos. A fé e a esperança são interiores, acontecem em nosso coração... São invisiveis, sempre.
Para entender só um pouquinho leia a historinha abaixo:


Contam que um senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu lado um jovem universitário que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Então o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos.
Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:
- O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
- Sim, mas não é um livro de crendices.
- É a Palavra de Deus. Estou errado?
- Mas é claro que está!
- Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. E continua: O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.
- É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?, retrucou o senhor.
- Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe comigo o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao jovem universitário.
Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo sentindo-se pior que uma ameba.
No cartão estava escrito:
Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional de França.

'Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima.' Louis Pasteur.
(Cartão de visitas - Fato verídico, integrante da biografia de L. Pasteur, ocorrido em 1892)

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ainda estou pensando... parte II


Quanto tempo passara??? Nossa parecia uma eternidade, toda uma vida... e era assim, já naquele tempo...
Estava nesse intante a contemplar o verde vale... a viajar no túnel do tempo. Um ir e vir arrítmico, um jogo de resgate, um verdadeiro exercício de memória...
Lá embaixo além do vale a vida fervilhava entre certezas, sonho e esperança.
De carro chegaria mais rápido ao começo de tudo, chegar lá em pensamento era ainda mais rápido. Pronto. Estava lá.
Na piscina um jovem grupo barulhento e sorridente construia pirâmides humanas. O salto e o mergulho em profundidade mínima era uma grande aventura. E todos riam e se deliciavam naquela manhã, em que 'ele' também estava presente, embora morasse do outro lado da cidade...
Estava bem. Podia ir e vir, agora, para o ontem mais distante e para o ontem de inda pouco e, ao mesmo tempo, viver o frio gostoso que a montanha oferecia, quando em dias de muito calor lá embaixo, ou se aconchegar entre os edredons no corpo 'dele' em conchinha, como sempre, só para justificar o tempo frio.

Uma música da época evocava rompimento:


"Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto
E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer e te querendo eu vou tentando te encontrar


Afinal, são tantas músicas a compor sua história que cantarolá-las preencheria toda uma vida. Cada uma dela a significar um momento singular, sutil ou não, mas vivido intensamente, como toda história...

Quero você, quero você
Quero você, todinha pra mim
Meu amor não se esqueça de mim
Por favor me diga que sim
Eu não consigo esquecer você
Ouça bem o que eu vou lhe dizer
Quero você, quero você
Quero você, todinha pra mim
Meu amor só uma condição
Pra eu fazer você feliz
Quero ser dono do seu coração
você é a coisa que eu sempre quis
Quero você, quero você
Quero você, todinha pra mim

O gosto musical dele era muito eclético [e as vezes duvidoso]. Indo do popular ao erudito, este, porém, não cabia no dia a dia daquela paixão.
Muitas lembranças, saudade e alegria. Certa dose de arrependimento, mas uma felicidade imensurável era a moldura constante da sua vida de mulher casada, esposa e mãe. Sim, era feliz, muito feliz!

quinta-feira, 11 de março de 2010

1 - 'Deus não escolhe pessoas capacitadas, Ele capacita os escolhidos'.

2 - 'Um com Deus é maioria' .

3 - 'Devemos orar sempre, não até Deus nos ouvir, mas até que possamos ouvir a Deus'.

4 - 'Nada está fora do alcance da oração, exceto o que está fora da vontade de Deus'.

5 - 'O mais importante não é encontrar a pessoa certa, e sim ser a pessoa certa'.

6 - 'Moisés gastou: 40 anos pensando que era alguém; 40 anos aprendendo que não era ninguém e 40 anos descobrindo o que Deus pode fazer com um NINGUÉM'.

7 - 'A fé ri das impossibilidades'.

8 - 'Não confunda a vontade de DEUS, com a permissão de DEUS'.

9 - 'Não diga a DEUS que você tem um grande problema. Mas diga ao problema que você tem um grande DEUS.'

10 - DECLARAÇÃO: Sim, eu amo Deus. Ele é a fonte de minha existência, é meu Salvador. Ele me sustenta. Sem Ele eu não sou nada, mas com Ele eu posso todas as coisas através de Jesus Cristo, que me fortalece. (Filipenses 4:13)

quarta-feira, 10 de março de 2010

20/01/2010 - Para sempre em nossos corações

Sabe o 11 de setembro para o povo americano e para o mundo todo?! Então, para minha família e para a família Castro de Moraes, é assim o dia 20 de janeiro. Um divisor de águas. Uma data marcada para sempre em nossas vidas. Para os outros não sei, mas para mim, cada vez mais a certeza do eterno, do para sempre, do olho de Deus sobre nós... A sabedoria popular diz que "Deus escreve certo, por linhas tortas" .... Não há porquês, nem ses, nem talvez...
O certo aqui só em Deus é revelado e essa tênue revelação é estritamente pessoal. Deus se revela para quem a Ele se deixa conduzir, para quem lhe abre o coração... Aqui faço minhas as palavras que li num perfil do orkut:
"Aproveite cada momento da sua vida ao máximo, passe o maior tempo possível com as pessoas que você ama , torne estes momentos inesquecíveis....... A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego... de tanto rir, de surpresa, de êxtase, de felicidade..."

segunda-feira, 8 de março de 2010

PARA MATHEUS E THOMÁS


Thiago Castro pelo olhar da Vovo Dedê


Conheci o pai de vocês numa noite de verão no ano de 2000. Ele tinha 19 anos e acabara de entrar na faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará. Estávamos num barzinho na Praia de Iracema quando Gregório (tio Greg) e ele passavam por perto. Eles viram a sua mamãe Marcele que já o conhecia há muito tempo, ainda da época do colégio e se aproximaram para cumprimentá-la, nesse momento foram feitas as apresentações:
Marcele – Mãe esse é o Thiago o amigo do Gregório que eu te falei...
Eu – Ah esse é o famoso Thiago que vez em quando fica contigo e que ficou também com a Grace? (sua vovó Dedê é assim... fala sem pensar!)
E ele riu (envergonhado), mas era o sorriso mais lindo que eu já vira. Um sorriso encantador, magnético, incomparável! E eu? Bom eu fiquei literalmente apaixonada por ele... Ali naquele instante nascia o meu filho gerado em outro ventre, mas o meu quarto filho... Aquele que antes de casar eu já pensava que um dia teria (quando jovem dizia que teria dois casais). E essa simpatia instantânea não aconteceu somente para mim. A minha amiga que estava ali conosco, vinda do Rio de Janeiro passar suas férias em Fortaleza com seus filhos, sussurrou discretamente para a filha que estava ao seu lado:
- Aí Carol, esse dá para ficar... Ao que esta respondeu:
- Mas mãe ele É da Marcele...
Rimos juntos um pouco e os jovens se afastaram...
Mas o sorriso, o jeito meigo e afetuoso daquele “menino” nunca mais saiu do meu pensamento. Anos depois comentava cotidianamente com ele sobre esse episódio.
Ao retornar para casa externei para Marcele meu sentimento e disse que eu imaginava uma pessoa totalmente diferente e nada aconselhável quando ela falava nele. Mas que agora depois de conhecê-lo minha opinião mudara completamente e se eles quisessem namorar eu não me opunha...
Ela acabara, há alguns dias, um relacionamento que me deixava muito preocupada, por ser muito conflituoso.
Pouco tempo depois os dois amiudaram os encontros, passando a sair juntos mais vezes, e por fim, eles adotaram o dia 23/01/2001 como a data de início do namoro. Estavam ambos perdidamente enamorados.
Era um casal lindo de ver e, principalmente de conviver, tamanha a alegria e felicidade que irradiavam para quem os rodeava.

Ambos bem magrinhos, bem jovens, mesmo. Seu pai dizia para a mãe dele que só começaria a namorar quando tivesse 26 anos, depois de concluir a faculdade, porque antes disso queria curtir as gatas... Mas ele ficou perdido dos seus propósitos quando se aproximou da ‘moreninha’ ... Principalmente quando a visitou em sua casa pela primeira vez. Sabem, ele achava a moreninha bonitinha, legal, divertida... mas ele não supunha que ela era também estudiosa e inteligente. Naquele dia em que foi a nossa casa e viu na estante do quarto da moreninha aquele monte de livros, ele se entregou de vez ao amor!
Imaginem, meus queridos, como ficou a vovó Paula?! Pois é – vovó Paula não gostou da idéia do papai começar a namorar logo assim que entrou na faculdade. Ela não aprovou de jeito maneira o namoro, por que ela achava que isso iria atrapalhar a vida estudantil do Papai de vocês...
O que a vovó Paula não sabia, nem eu, nem ninguém e somente Deus perscrutava, era que o Papai de vocês tinha uma pressa de cumprir aqui sua missão... Sua alma grandiosa, generosa, desmedida tinha que correr contra o tempo porque o próprio tempo era exíguo.
E assim o namoro se firmou.

ESTOU VOLTANDO


Depois de um ano sem postar coisa alguma resolvi voltar a escrever...

Aconteceu tanta coisa nesse meio tempo que de repente perdi o fio da meada... então vou, por aqui, narrar uma longa e maravilhosa historia de amor. E vou dedicá-la aos meus netos lindos: Matheus e Thomás.

Esses escritos estarão na minha cabeça e no meu coração.