Por que tia? Porque sou tia de muitos e vó só de dois, por isso não é o blog da Vovó Dedê. Aqui esvaziarei o coração quando estiver muito cheio; preencherei minhas noites insones; inicio algo concreto para o tempo de aposentada que se avizinha.
Desejo escrever meu dia-a-dia difícil e revisar com palavras e sonhos meu cotidiano e comunicar meu interior, vivido e experiente. Encontrar amigos, leitores, parentes aos quais oportunamente poderei homenagear.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Biografia de Carlo Acutis - Meu Santo de 2017

Todo ano minha comunidade sorteia um santo para cada membro participante da comunidade e da obra (grupos de oração) e diz-se que o santo que recebemos é que nos escolheu... Este ano recebi uma pessoa que ainda não foi santificada, um
servo de Deus
(ou fui escolhida por ele?!) Como mencionei, ainda não foi santificado, mas teve uma vida breve e exemplar. Minha missão? Além de pedir intercessão para sua santificação, é divulgar sua história e sua vida e rezando com os irmãos pedir a Deus também por nós... Meu santo deste ano...
Carlo Acutis, um jovem para os jovens - o anjo da juventude
Carlo Acutis morreu com apenas 15 anos devido a uma leucemia fulminante, e deixou na memória de todos aqueles que o conheceram um grande vazio e uma profunda admiração por seu breve, mas intenso, testemunho de vida verdadeiramente cristã. Desde que recebeu sua Primeira Comunhão, aos 7 anos, nunca mais faltou ao seu compromisso diário com a Santa Missa. Sempre buscava, antes ou depois da celebração eucarística, ficar em frente ao tabernáculo para adorar o Senhor, realmente presente no Santíssimo Sacramento. Nossa Senhora era sua grande confidente e ele nunca deixou de homenageá-la, recitando diariamente o Santo Rosário. A modernidade e a atualidade de Carlo são perfeitamente compatíveis com sua profunda vida eucarística e sua devoção mariana, que contribuíram para fazer com que ele fosse aquele rapaz especial que todos admiravam e amavam. Para citar as próprias palavras de Carlo: "Nossa meta deve ser o infinito, não o finito. O infinito é nossa Pátria. Sempre nos esperam no Céu". É sua a frase: " Todos nascem como originais, mas morrem como fotocópias." Para seguir na direção desta Meta e não "morrer como fotocópia" Carlo dizia que nossa Bússola deve ser a Palavra de Deus, com a qual devemos lidar constantemente. Mas para uma Meta como esta são precisos Meios muito especiais: os Sacramentos e a oração. Carlo colocava especialmente o Sacramento da Eucaristia como parte central de sua vida, o qual chamava de "minha autoestrada para o céu." Um amigo fala da sua aproximação à fé depois da morte de Carlo. "No enterro, havia vários imigrantes, alguns muçulmanos e hinduístas. Eu acho que Carlo os tinha conhecido nos seus passeios de bicicleta pelo bairro, quando ele parava para conversar com os porteiros, quase todos estrangeiros. Perto da nossa casa havia um sem-teto. Carlo sempre levava comida para ele. Uma vez, ele deu um saco de dormir para um idoso que dormia numa caixa de papelão. Ele doava as suas mesadas para os frades capuchinhos". “Ele era muito austero”, conta a mãe. “Uma vez, ele não gostou nem um pouco quando eu comprei um par de sapatos que ele achou supérfluos. Ele treinava a força de vontade. E dizia que ‘o problema é motivar a vontade. A única coisa que nós temos que pedir a Deus na oração é a vontade de ser santos’”. “Eu estou feliz de morrer”, escreveu Carlo, “porque vivi a minha vida sem perder nenhum minuto em coisas que não agradam a Deus”. Carlo era muito dotado para tudo aquilo que estava ligado a tecnologia, tanto que seus amigos e os adultos formados em engenharia da computação o consideravam um gênio. Todos ficavam maravilhados com sua capacidade de entender os segredos que a tecnologia esconde e que normalmente estão acessíveis apelas àqueles que concluíram a faculdade. Os interesses de Carlo variavam entre a programação de computadores, a montagem de filmes, a criação de websites, as revistas em quadrinhos das quais fazia também a redação e o Layout, até chegar ao voluntariado com os mais necessitados, com crianças e idosos. A postuladora para a causa dos Santos da Arquidiocese de Milão, Francesca Consolini, afirma que a fé de Carlo Acutis era "singular": "levava-o a ser sempre sincero consigo mesmo e com os outros (...) era sensível aos problemas e as situações de seus amigos, os companheiros, as pessoas que viviam perto a ele e quem o encontrava dia a dia". O testemunho do rapaz pode ser encontrado na sua biografia, "Eucaristia, minha rodovia para o céu", escrita por Nicola Gori, articulista do L'Osservatore Romano. O corpo de Carlo Acutis foi sepultado em Assis, cidade de São Francisco, por sua especial devoção ao santo. Resumindo, este jovem fiel da Diocese de Milão era um mistério que, antes de morrer, foi capaz de oferecer seus sofrimentos ao Papa e à Igreja.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Desapegando-se

Era uma dor tão doida que ela nem conseguia falar... Entretanto havia nela uma esperança forte, uma única certeza: Deus sustenta os seus. E ela entregou a Ele toda sua tristeza, todas as suas alegrias, toda sua vida e partiu sorrindo feliz. Seguiu sem olhar para trás lembrando-se da Sua Palavra “E a outro disse Jesus: Segue-me. E ele lhe disse: Senhor permite-me que vá eu primeiro enterrar meu pai. E Jesus lhe respondeu: Deixa que os mortos enterrem os seus mortos, e tu vai e anuncia o Reino de Deus. (Lucas, IX: 59-60). E ainda: ‘Se alguém vem a Mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser Meu discípulo”. ( Mateus 10:37) Porque no fundo ela sabia que a vida espiritual é, realmente, a verdadeira vida, a vida normal do Espírito. Sabia que a existência terrena é transitória e passageira, uma espécie de morte, se comparada ao esplendor e à atividade da vida espiritual. Ela aprendeu que o corpo é apenas uma vestimenta grosseira, que envolve temporariamente o Espírito, verdadeira cadeia que nos prende à terra, e da qual ela se sentiria feliz em libertar-se. Ela compreendeu que o respeito que temos pelos mortos não se refere à matéria, mas, através da lembrança, ao Espírito ausente. É semelhante ao apego que temos pelos objetos que lhe pertenceram, que ele tocou em vida, e que guardamos como relíquias. Ela sabia que Jesus ensinou dizendo: Não vos inquieteis com o corpo, mas pensai antes no Espírito; ide pregar o Reino de Deus: ide dizer aos homens que a sua pátria não se concentra na Terra, mas no Céu, porque somente lá é que se vive a verdadeira vida. E ela cria e vive! E foi!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Minha homenagem de hoje

Minha homenagem de hoje vai para a senhora MARIA DE LOURDES DA SILVA - a minha querida "DINHA" (de lourDINHA) Ela foi irmã, tia, mãe, prima, professora, exemplo na minha infância e juventude. Hoje ela completa 80 anos... E essa data não poderia passar em branco... Faz tanto tempo que eu vi a minha DINHA que nem sei mais como é voz dela e o cheirinho dela. Seu jeito de me educar está guardado a sete chaves na minha memória... Foi com ela que eu aprendi a ler, escrever e a gostar de cinema. Lembro sempre da sua presença em minha vida infantil, toda as tardes me ensinado somar, diminuir, multiplicar e dividir nos deveres de casa de aritmética e nas situações concretas da vida. Ela também me ensinou português, foi com ela que aprendi a fazer análise morfológica e sintática das palavras e das orações Uma vez escrevi em algum blog, em alguma das minhas páginas ou perfis da internet um bocado de coisas sobre nosso relacionamento, sobre as coisas que aprendi com ela. Queria dizer para ela, hoje, no dia do seu aniversário, que foi a vida que nos afastou um tantão assim... O casamento, o dela e o meu, o meu trabalho, os filhos dela e os meus filhos e agora meus netos que precisávamos cuidar tomaram-me tanto tempo que eu nem percebi o tempo passar... (nem ela!) Dinha querida, eu amo a senhora do mesmo jeito quando eu era pequenininha, lá no Jacarecanga, quando aos domingos íamos para missa e depois para a praia juntamente com suas amigas e minha irmã Idenisia. Desejo que Deus lhe conceda, saúde e lucidez para viver muito tempo ainda. E eu prometo que logo logo vou aí na sua casa dá um beijo bem grande no seu cangote... Eu e a Idenísia amamos você bem muitão!!! Feliz aniversário!!!!

Mundo das TIC's

No final do anos noventa do século passado, descobri o computador, uma "maquininha de escrever" super legal que dispensava corretivos e fitas. E que, quando a gente errava, não precisava também gastar papel: deletava-se, cortava-se, recortava-se, copiava-se, colava-se... Ô coisa boa!!! Depois de perder o medo da máquina, descobri o mundo cyber... criei coragem e iniciei minhas descobertas na rede... Fiz minha caixa eletrônica, usando e-mail do bol (nem sei se ainda existe, também nunca fechei a conta e passei a régua... as mensagens e e-mail da época devem pairar por aí na "nuvem') Pois é, naquele tempo ( já são mais de 17 anos) encantava-me receber mensagens em PPS, muitas delas ma-ra-vi-lho-sas as quais salvei em disquetes e posteriormente em cds. Outras tantas não tão legais vinham entupidas de vírus (trojans) que levaram muitos dos meus escritos, ao precisar formatar o PC sem ter salvo nada nem feito backups...Hoje sei que seria muito difícil viver num mundo sem internet da mesma forma que para meus antepassados com relação ao rádio. Já não me sinto motivada a abrir mensagens com pps e para falar a verdade só abro minha caixa em função de trabalho ou do meu apostolado. As redes sociais chegaram para sucatear muita coisa dos primórdios da WEB, e tudo começou com o msn e o orkut (ainda mantenho lá o meu perfil... rsrs) Finalmente, por conta disso aqui (Facebook) abandonei completamente minha "veia" escrevivel e deixei de rascunhar nos blogs.Fiquei preguiçosa literariamente falando e só leio a Bíblia, livros de orações ou livros formativos (e olhe lá!). Fiquem atentos isto é incrivelmente viciante, acompanhem de perto a vida virtual das crianças e adolescentes... se eu, uma vovó sex (agenária!!!) admito a paixão, imaginem quem já nasceu, está crescendo e evoluindo com as TICs...

domingo, 11 de agosto de 2013

DIA DOS PAIS

Meu querido, meu velho, meu amigo...
Não fui criada, educada por meu pai, ainda pequena ele deixou a casa e construiu outra família. Minha mãe foi pãe. Desta separação restaram lembranças e um coração ferido e uma grande mágoa habitando nele. Durante muitos anos sufoquei um amor que teimava em permanecer e ardia em saudade. E houve ainda a dor que latejava e me fez, muitas vezes, "brigar" com ele e cobrar sua presença na minha vida. Sempre imaginei sua presença nos eventos onde outros pais compareciam: primeira Eucaristia, formaturas (todas!) natal, ano novo, carnaval, Páscoa e por fim, já adulta, na Igreja me conduzindo ao altar no dia do meu casamento... Porém, a realidade sempre me revelava sua distância e ausência na minha vida. Na época em que mais nos aproximamos, por sua breve permanência na mesma cidade que eu, quis Deus que ele fosse acometido de uma doença degenerativa da qual se fragilizou e acabou se fixando numa cadeira de rodas para o resto da sua vida. Assim agora não apenas a distância, mas a incapacidade de locomover-se nos separou para sempre no cotidiano das nossas vidas. Adulta já reconciliada com ele o visitei algumas vezes na cidade que ele escolhera para viver... O resto do tempo era só saudade. Essa mesma saudade que hoje bate a porta do meu coração e ora por ele e sonha com um breve encontro (mesmo em sonho) mas que faz esperança de um encontro real e infinito na eternidade que me espera, bem ali. Pai, por mais difícil que seja hoje para eu falar, quero dizer-te e publicizar aqui para os familiares e amigos que toda mágoa, todo sentimento ruim, por graça de Deus se fez perdão - eu te perdoei, e me perdoei também, pela nossa vida vivida tão distantes um do outro. Que Deus esteja contigo e tu estejas com Ele!!! Com amor!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Minha oração de hoje - Dia da Mulher - Dia de Nossa Senhora da Minha Vida

Senhor quero te louvar e agradecer por toda minha vida; por tudo que fizeste para mim, por mim, sem que houvesse mérito algum da minha parte. Também quero te louvar pelo dom da minha vida, pelas graças até aqui derramadas e por todas as outras graças que, eu creio, ainda derramarás. Abençoa hoje, Senhor meu esposo José, meus filhos Marcele, Tiago Luiz e Manuele e os meus queridos netos Matheus e Thomás; que a tua mão misericordiosa possa abençoar também minha irmã Idenisia e meu irmão Chico e seus filhos,e, na mesma medida, todos os demais parentes e agregados. Peço-te perdão por minhas culpas, iniquidades, concupiscencias... peço-te perdão por tudo e espero restabelecer a aliança que me foi dada por ti por ocasião do meu batismo e que esta seja revigorada, renovada, ante a proximidade das promessas definitivas como corpo de Cristo na Comunidade Católica Shalom... que a fé, a amizade, a fidelidade, a obediência, enfim a união a ti sejam alicerçadas na Rocha que tu és. Que minha alma encontre abrigo seguro no teu lado aberto onde se refugiam os miseráveis, os dependentes da tua infinita e incondicional misericórdia, assim toda tua, inteiramente tua, Senhor meu Deus, para sempre e nada mudará, doravante, essa realidade... Repito não por mérito algum da minha parte, mas porque tu me seduziste e eu me deixei seduzir! Porque tu me amaste primeiro, antes que meu ser contemplasse a Luz meu nome já estava inscrito na tua seleção... Hoje, dia 8 de março dia da mulher, em especial, visita a casa da minha cunhada Josemária Ribeiro de Alencar abrace-a por mim, que sua vida seja abençoada hoje por ti, no dia em que fizeste para ela e que seja-lhe dada a oportunidade de viver por muitos e muitos anos para glorificar e honrar teu Santo Nome Jesus! Neste dia te peço: reveste a todos que hoje lá estiverem com o teu sangue salvífico e toque a todos com tua misericórdia, convertendo-os e assiste-os por toda as suas vidas. Amém!!!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Sobre Saudade e Lembranças - 30/01/2013

Descobri ontem, navegando nas redes sociais, que era o dia da saudade. E veio-me essas idéias que transportei ao blog neste post de hoje. Tenho saudade de muitas coisas, de muita gente e de bichos também. Na verdade nem sei se o sentimento é mesmo saudade, mas considerando que seja, guardo na memória o tempo em que a vida tinha outro ritmo. E tenho muitas saudades desse tempo: de colocar a cadeira na calçada e ver o sol se por sentada na grama da pracinha em frente a VELHA CASA em que morei na minha infância, e, dali mesmo, ver a lua surgir radiante no céu, tendo como "pano de fundo" o barulho cadenciado das ondas do mar... lá no, também saudoso, bairro de Jacarecanga... Ainda daquela época, tenho saudade de brincar de roda na pracinha, de pular cordar, de pega-pega, de amarelinha (que para nós era 'macaca', naquele tempo), chicote queimado... Saudades do Mimi, do Harry, do Rex e das galinhas de estimação da minha infância. Saudade da escadaria (que eu achava imensa) da velha construção da Igreja de São Francisco, da estátua dele em tamanho natural... Ô saudade boa. De coisas vividas, cheiros de pão quentinho, de café fumegante, sempre ao entardecer... Infância querida e intensamente partilhada. Lembrando dessas e de outras coisas e pessoas, vivas e das que já são moradoras do céu, minha saudade me conduziu a minha pre-adolescência e veio-me a memória a querida Zely... Ih! Daí veio um turbilhão de lembranças boas... Minha amiguinha Zely - descobrimos muitas coisas juntas: as primeiras festinhas, os primeiros namoricos, os primeiros TUDO!!!- São tantas as lembranças que a palavra saudade evocam em mim. Ela (Zely)e eu estudamos juntas na mesma escola secundária e compartilhamos amizades para vida inteira: Vânia Neves, de saudosa memória, Helena Brasil, Liduina Campelo, (que depois de adultas descobriram parentescos entre elas), Vera Barbosa. E o nosso baile de formatura no Náutico Atlético Cearense?... Iniciação profissional no magistério?... Ah Zely, era tão lindo brincarmos de bonequinhas de papel e vê surgir de suas mãos habilidosas vestidos e adereços belíssimos que eu babava de vontade de ter... Dom que depois você, minha querida, transportou para seus vestidos na arte herdada de sua mãe. Como você, desenha, pinta, modela e costura divinamente bem...Adoro!!! Um dia minha amiguinha viajou em férias e lá se vão quase quarenta anos que ela fixou residência noutro lugar, bem longe d'eu... A alusão ao dia da saudade também me levou a lembrar de meus sobrinhos crianças ainda: Nisia, Bel e Dja, que partiram rumo ao Planalto Central acompanhando o sonho aventureiro de meu irmão, onde também fizeram morada, tornaram-se adultos e, assim, perdi o contato e a oportunidade de vê-los crescendo e desbravando o mundo adulto... E, talvez por isso, sejamos hoje assim, meio distantes, mesmo morando tão próximos, sem afetos e afagos, beijos muitos e abraços apertados que gosto tanto. Na verdade eu tenho saudade, mas é uma saudade feliz, porque carrego no meu coração e na minha memória a alegria de ter convivido com todos e, de certa forma, ter preservado estes que nomeei aqui e outros que conservo oculto, mas sempre presente na minha vida agora. Também foi a saudade que, levando-me a lembrar, me fez desejar visitar minha amada sobrinha neste fevereiro que começa nesta sexta-feira e se avizinha ao aniversário dela. Coisa gostosa de sentir é saudade de quem a gente pode ainda ver, falar, conviver... porque saudade dos que morreram é tema para outra postagem...