Por que tia? Porque sou tia de muitos e vó só de dois, por isso não é o blog da Vovó Dedê. Aqui esvaziarei o coração quando estiver muito cheio; preencherei minhas noites insones; inicio algo concreto para o tempo de aposentada que se avizinha.
Desejo escrever meu dia-a-dia difícil e revisar com palavras e sonhos meu cotidiano e comunicar meu interior, vivido e experiente. Encontrar amigos, leitores, parentes aos quais oportunamente poderei homenagear.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Tempos...

Gente, (cinco ou seis pessoas que me leem) recebi por e-mail esse texto abaixo e não resisti e voltei aqui para um novo post no mesmo dia. Faz algum tempo que eu queria falar de bulling e esse texto encaixa. Vejam:

PSICOLOGIA 1959 x 2010

Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.

Ano 1959: É mandado à sala da diretoria, fica em pé esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá um esporro monumental e ele volta tranquilo à classe.

Ano 2010: É mandado ao departamento de orientação educacional, o diagnosticam como hiperativo, com trastornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psicólogo lhe receita Rivotril. Se transforma num Zumbí. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz.

Cenário 2: Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.

Ano 1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro... A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.

Ano 2010: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga, delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes.


Cenário 3: José cai enquanto corria no patio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...

Ano 1959: Rapidamente, José se sente melhor e continua brincando.

Ano 2010: A professora Maria é acusada de abuso sexual, condenada a três anos de reclusão. José passa cinco anos de terapia em terapia. Seus pais processam o colégio por negligência e a professora por danos psicológicos, ganhando os dois juizos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...

Cenário 4: Disciplina escolar

Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava umas boa "raspada" e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade.

Ano 2010: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por nos repreender e fica com a culpa por fazê-lo . Nosso velho vai até o colégio se queixar do docente e para consolar o filhinho compra uma moto para ele.

Cenário 5: Horário de Verão.

Ano 1959:Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Não acontece nada.

Ano 2010: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece celulite.

Cenario 6: Fim das férias.
Ano 1959: Depois de passar férias com toda a família enfiada num Gordini, após 15 dias de sol na praia, hora de voltar. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.

Ano 2010: Depois de voltar de Cancún, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, pânico, attack e seborréia...


Compartilho e acrescento: e nem falaram no bulling... Quando todo mundo tinha um apelido (sabiá, olivia palito, chupalão, magrela, cabeção, pé de vento, janta vento, cibita, lôra, "magda", "supermagda" e por ai vai) dúbio, jocoso ou humilhante até e era gosado pelos demais colegas de sala e a amizade permanece até os dias de hoje...

Não sei se foi o desenvolvimento da Psicologia ou o avanço do tão falado "direitos humanos" que inclui direito do consumidor, civel e outros direitos tantos...
Mas no meu tempo (1959) havia respeito, tolerância, companheirismo, fraternidade, nem havia globalização, nem outros avanços dos dias modernos, porém era tudo muito bom, pueril talvez, e as crianças eram felizes do jeito que era. Digam-me onde foi que erramos? (erraram?) Pronto! Falei...

2 comentários:

Dora Holanda disse...

Tia,
Se analisar entre 1959 e 2011 existe uma outra geração, da qual sou fruto e se houve erro... então temos que nos perguntar onde erramos nós. Pois o que a sra. via como pontos positivos ainda eram validos na minha época.Bjs.

Izabel Bezerra disse...

Amiga querida!
Adorei o texto...pessoas sábias,centradas,equlibradas,com discernimento,com certeza concordam em gênero,número e grau!!!
E se tiverem a graça de serem EDUCADORAS,então...limite mudou de nome?kkkk
Bjokas no coração!